Entrevista a Estefânia Barroso

Olá, olá 😊😊
Como foi o vosso fim de semana?

Para quem não sabe, eu juntei-me a blogger Beatriz Matos em alguns dos seus projetos.

Desta colaboração surgiu a entrevista a blogger Estefânia Barroso. Estão curiosos? Então vamos lá...

Para quem não conhece a Estefânia é professora, blogger e tem muita coisa para nos disser. 

• Antes de mais fala-me de como é ser professora, mulher, estar ativa no instagram e ainda ter tempo para escrever?

Olá! Poderia dizer que é fácil, uma vez que, como diz o povo, "quem corre por gosto não cansa". Mas a verdade é que nem sempre é fácil. A escola, hoje em dia, exige muito do nosso tempo. Para além do trabalho inerente aos alunos e ao dar aulas, existem as muitas reuniões e a imensidão de documentação que temos de criar. Conjugar isto com as tarefas diárias de casa já seria o suficiente para estar ocupada o dia todo. A isto juntei um blog de escrita no qual, assumo, invisto algum tempo.Tomei por honra publicar, pelo menos, um texto por semana.

O mesmo poderá ser uma crónica sobre um qualquer assunto que me tenha surgido (algo que escrevo relativamente depressa), uma biografia de mulheres que fizeram a diferença no seu e no nosso mundo, um relato da história de amor de casais famosos (textos que me exigem mais tempo devido à pesquisa que deve ser realizada antes da escrita) ou ainda, um conto (claramente os textos que me levam mais tempo, tendo em conta a extensão dos mesmos). É claro que vou gerindo os géneros ao longo do mês e organizando o meu tempo em função da escrita... A isto tudo ainda juntei uma página que giro no Facebook e no Instagram a que dei o nome de "Filosofias por aí". É uma página que me exige menos tempo ainda que seja atualizada diariamente. Nela posto apenas fotos com pequenos comentários de pequenos escritores e mensagens  que vou encontrando por aí, escritos nas paredes, em pacotes de açúcar, em revistas... Com isto tudo não poderei dizer que, por vezes, não roubo horas ao sono mas a verdade é que me dá gosto ter este trabalho paralelo à escola. O ambiente escolar e os seus problemas absorvem-nos muito. Esta é uma forma de "desligar" um pouco de tudo aquilo.

• Algo pouco falado, é sobre Educação Especial como vês esses alunos?

Com a nova legislação já não falamos em alunos de Educação Especial ou, como eram referidos anteriormente, alunos com Necessidades Educativas Especiais. São alunos que apresentam dificuldades (que podem ser físicas e/ ou de aprendizagem) e que, por isso, necessitam de algum tipo de apoio para que possam frequentar a escola e a mesma sala que os colegas sem dificuldades ou necessidades. Nem todos os alunos aprendem da mesma forma ou ao mesmo ritmo. Daí a necessidade de professores, como eu, de Educação Especial, que procuram ajustar as técnicas e as ferramentas de
ensino às disciplinas e a cada aluno. É um trabalho de parceria com os professores das várias disciplinas para atingirmos um fim comum: as aprendizagens de um aluno com dificuldades.
A presença de alunos com todo o tipo de dificuldade numa sala de aula enriquece- nos a todos, de um modo ou de outro. Passamos a dar importância não só às aprendizagens do currículo mas também, e sobretudo, ao ensinar a “ser e estar” e, acima de tudo, a aceitar a diferença.

• De onde surgiu o gosto pelo ensino?

Curiosamente, foi um caminho que se foi criando. Quando era criança queria ser advogada porque adorava (e adoro) falar. Imaginava-me, como nos filmes, no tribunal, a dar grandes palestras para defender um inocente. Quando cresci percebi que a advocacia não passava tanto por esta ideia idealizada…Como gostava de Português e adorava Literatura Portuguesa pensei que seria uma boa forma de juntar o meu gosto por falar e dialogar com uma área que me agradava. (Não sei se tinha
dito mas a minha formação de base é Professora de Português). O caminho para a Educação Especial surgiu de um modo totalmente inesperado. A uma dada altura da minha vida, não estando colocada em nenhuma escola, vi um anúncio que pedia Formadores de Português. A oferta era para trabalhar na ACAPO (Associação de Cegos e Amblíopes de Portugal). Fui selecionada e trabalhei uns largos meses lá. Foi a minha primeira experiência profissional na área da Educação Especial. E posso dizer
que adorei. Quando saí da ACAPO e voltei para as escolas decidi que queria continuar nessa área. E lá voltei eu aos estudos para me especializar na área da Educação Especial.

• Fala-me da frase, "costumo dizer que bebo café porque preciso e vinho porque mereço".

Café e vinho são duas das minhas bebidas favoritas. O café é um imperativo. O dia só começa a 100% depois de beber o café da manhã. É com ele que sinto que estou, finalmente, acordada (tenho um acordar péssimo e o meu humor depende da primeira chávena de café) e com forças para enfrentar o dia que tenho pela frente. O vinho será a bebida oposta. É a bebida que escolho quando posso relaxar, quando o dia terminou. Adoro acompanhar a refeição com um bom vinho mas é também um copo de vinho que me faz companhia, à noite, enquanto vejo uma série, leio um livro
ou escrevo algum conteúdo para o blog. Por isso digo que “bebo vinho porque mereço”. Funciona como uma recompensa no final de um dia de trabalho.

• Que tipo de séries, filmes e livros lês?

 Sou bastante eclética no que diz respeito a séries e filmes. Não tenho um género preferido. Gosto de uma boa história e gosto que seja bem contada. Por exemplo poderia dizer que entre as minhas séries preferidas constam “Stranger things”, “Game of Thrones” ou os “Peaky blinders”. São séries que nada têm em comum mas que contam histórias interessantes. O mesmo se passa com os filmes. Poderia dizer que o meu filme preferido deste ano foi, sem dúvida, o “Joker” (Um filme que, pelo grau de violência que apresenta, à partida, não me agradaria). Contudo, assumo que filmes de terror e ação não são muito do meu agrado. De resto…vejo de tudo um pouco.
No que aos livros diz respeito posso dizer que prefiro narrativa a poesia (Lá está a ideia de me contarem uma história). Gosto de me embrenhar na vida das personagens, nos seus acontecimentos. Por isso gosto de grandes contadores de histórias: Gabriel Garcia Márquez, Carlos Ruiz Záfon, Isabel Allende e José Saramago (sobretudo os mais antigos, da década de 80).

• Quando dizes que aprecias músicas de qualidade, referes-te a quê?

Gosto de música que sabemos que daqui 20 ou 30 anos ainda será ouvida. Costumo dizer que, independentemente do género musical, há cantores e músicas que todos conhecemos e quase todos apreciamos. Falo de música de gente que desapareceu há anos mas que todos, de algum modo, conhecemos e ouvimos. A canção “Always on my mind” de Elvis Presley é um destes exemplos. Quem não conhece Édith Piaf e o seu “La vie en rose”? Há quantos anos morreu a Édith? Por isso continuo a ser fã destes artistas que mencionei assim como de Janis Joplin, Queen, David Bowie ou
U2. Em Portugal poderia referir, entre tantos outros, os Xutos e Pontapés.
No fundo, o que quero dizer é que, apesar dos diferentes gostos que possamos ter, reconhecemos qualidade à arte. Há música que não é de “ouvir e deitar fora”. Música que não se cansa por mais que a ouçamos. É essa que perdura ao longo dos anos. É esta que aprecio.


Para terminar, espero que tenham gostado de conhecer mais um pouco a Estefânia Barroso. Vou deixar em baixo os links das redes sociais da Estefânia para poderem acompanhar o trabalho dela. 

E tu gostarias de entrar nestes projetos? Clica aqui para saberes como podes participar.


Blog: www.steffsworldasomadosdias.wordpress.com

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Um beijinho e até ao próximo post 😊😗